quinta-feira, 10 de maio de 2012

A Paciência



Dizem os dicionários que a paciência é: "O estado de perseverança tranquila".

Dizem que ter Paciência é a maior virtude que o homem pode ter.

Mas, por outro lado, se formos analisar as formas como alguns pensadores e escritores argumentam sobre a paciência, como poderemos compreendê-la?

Jean-Jacques Rousseau dizia que "A paciência é amarga, mas seu fruto é doce."

O que ele pretendia dizer com isto?

Como em cada verdade existe três lados, a minha verdade, a sua verdade e a verdade propriamente. Cada um entende suas verdades baseado no que acredita ser o melhor para ele, da mesma forma será com o que compreenderemos o significado da paciência.

William Shaspeare dizia que “Aprende que paciência requer muita pratica.”.

Somente com estes dois pensamentos, poderemos tirar um grande aprendizado.

Reza a lenda que em uma vila muito distante havia um sábio. Considerado o Senhor da paciência.

Certa vez, um homem rude e sem escrúpulos o desafiou para um duelo. O duelo consistia em ver quem iria sobrepujar o outro.

No dia e hora marcados, o velho sábio já estava em seu lugar enquanto o desafiador chegava aos berros, insultando-o proferindo os mais terríveis palavrões. Chegando mesmo a cuspir e jogar pedras na face do velho sábio. Após horas de insultos, o desafiador cansado se retira humilhado. Quando um dos discípulos do velho sábio pergunta: Mestre, como o senhor suportou tudo isto?

O velho sábio responde: quando alguém da um presente a você e você não aceita-o a quem pertence o presente? O discípulo responde: a quem nos ofereceu...

Da mesma forma responde o velho sábio, serve para os insultos, a inveja a humilhação... Se não aceitarmos elas irão continuar sendo as de quem nos oferece...

Portanto, diante de situações adversas e aflitivas é indispensável manter o equilíbrio emocional e agir ou reagir com serenidade.

Então, devemos à cada minuto mantermos vigilantes e esforçarmo-nos  para desenvolvermos o autodomínio ou autocontrole.

Como agir diante dos pequenos problemas que nos afetam no dia a dia?

Como conseguir o equilíbrio emocional junto a familiares, chefes ou subordinados que, por exemplo, recusam-se a assumir suas obrigações e, ao se omitirem ou transferirem tarefas, indevidamente o sobrecarregam?

O primeiro passo é a compreensão.

Compreender o que está acontecendo e perceber o que querem as pessoas e por que agem desta forma. Se estiverem desequilibradas e ou se são inexperientes ou se têm má intenção.

  O segundo passo é manter o sentido de realidade. Não exagerar o que está acontecendo, apavorando-se e saber julgar com serenidade para saber o que fazer.

O terceiro passo é agir.

Movimentar providências e recursos para resolver o problema.

Nessa fase, é primordial o entendimento através do diálogo. Neste exato momento teremos o exercício da paciência e fundamental para o seu bem-estar espiritual e necessita de outros estados mentais como: a benevolência, indulgência, obediência,  resignação e o perdão como forças ativas.

Conversar claramente sobre a questão surgida para estabelecer como você deve agir junto para a necessária solução.

As conclusões tiradas do diálogo devem ser bem definidas, memorizadas ou até escritas para depois serem avaliadas, a fim de se saber se todos estão cumprindo sua parte no estabelecido.

Assim, você não terá no lar, no serviço ou no grupo uma falsa harmonia, construída sobre o injusto sacrifício.

Precisamos compreender que de todos os dias não devemos deixar que o ontem e o amanhã nos levem as inquietações... Não temos controles destes dias... Somente o hoje é que poderemos fazer algo a respeito. De forma segura, deixemos as inquietações tomarem conta de nós por não sabermos quem somos. Este sentimento nasce da nossa ignorância porem, encontra um solo fértil na falta de fé.

Quando o homem tiver consciência do que é, terá a certeza de que DEUS, como Ser Supremo Bom e Justo, e que estamos encarnados como um mecanismo de evolução de si mesmo.

Quando começarmos a reconhecer que as dificuldades nada mais é que provações necessárias iremos ter construído uma Fé robusta que fará que toda e qualquer inquietação esteja afastada de nós. É através da Fé que iremos obter a garantia do dia de amanhã será melhor do que hoje, não pelos olhos do materialismo, mas do provimento do necessário pela Providência Divina. É a FÉ que nos leva ao estado da CERTEZA que combate a incredulidade, o desespero a desesperança e a inquietação.

Quando o Mestre Jesus disse “A cada dia basta o seu mal” nos recomenda que apenas concentremos nos problemas reais de cada instante, tendo a certeza de que o futuro será sempre traçado por Deus.

O próprio Cristo poro diversas vezes nos faz o convite à FÉ e à PACIÊNCIA.

Devemos suportar com paciência e encontraremos a resignação.

Palavras difíceis que encontramos na Doutrina Espírita um significado mais amplo: São grande finalidade de muitas provas ao exercício da paciência.

Se o Mestre Jesus e Paulo nos trouxeram alerta e o chamado, a
Doutrina Espírita nos traz a explicação, resta-nos saber COMO esse desenvolvimento se processa e COMO  deveremos agir e pensar sobre os problemas da vida para que nossa Paciência seja desenvolvida.  Precisamos compreender que
Não somos seres humanos tendo uma experiência espiritual, somos seres espirituais tendo uma experiência humana.

Percebemos que é uma proposta audaciosa, uma profunda mudança de paradigma, que faz com que passamos a  vivermos no mundo,  mas que não sejamos do mundo. Aos poucos, esta visão será ampliada e tudo passa a ser visto com os Olhos do Espírito e tudo que figurava como infinitas e impossíveis, as soluções tornam-se naturais, mesmo que cheguem a machucar o coração não vão estar fora da Bondade e Misericórdia de DEUS.

Assim, passamos a compreender que os problemas que pareciam imensos tornam-se pequenos dentro de uma finalidade de progresso, evolução e aprendizado.

Em nossas vidas, notaremos que temos grandiosas oportunidades da pratica da Paciência, perdas de entes queridos é uma delas, e se bem compreendida e exercitada iremos vir a ter encontros melhores e mais profundos no futuro com essas pessoas. Notaremos que o desespero da vida física, embora sejam dolorosos para nós que estamos no plano físico, se apagam na eternidade de nossa existência.

Se fizermos uma viagem, perceberemos o quão somos pequenos e DEUS em sua imensa Bondade, Misericórdia e Amor nos da toda sua atenção em demonstração do quanto somos importantes.

Se somos tão pequenos, o que serão nossos problemas?

O que restou deles?

Apenas a lembrança, o aprendizado, a paz e a força que adquirimos em passá-los.

No final, perceberemos que exercitarmos a paciência não é um mérito e uma questão de obrigação.

Podemos concluir que:  o exercício da paciência é fundamental para o seu bem-estar espiritual e necessita de outros estados mentais como: a obediência e a resignação, devidamente entendidos como forças ativas.

No entanto, a vivência da paciência solicita de você o treino para o autodomínio.

Esforce-se para conseguir autodomínio equilibrado. Co trole as emoções negativas, m você deve exteriorizar e expandir as emoções positivas.

Construa, com a educação espiritual, um filtro de emoções que permita a passagem de emoções positivas e retenha as negativas.

 "Bem-aventurados os pacíficos porque serão chamado de filhos de Deus." Jesus (Mateus, 5:5.)




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