Dizem os dicionários que a paciência é: "O estado de perseverança
tranquila".
Dizem
que ter Paciência é a maior virtude que o homem pode ter.
Mas,
por outro lado, se formos analisar as formas como alguns pensadores e
escritores argumentam sobre a paciência, como poderemos compreendê-la?
Jean-Jacques
Rousseau dizia que "A paciência é amarga,
mas seu fruto é doce."
O que ele
pretendia dizer com isto?
Como em cada
verdade existe três lados, a minha verdade, a sua verdade e a verdade
propriamente. Cada um entende suas verdades baseado no que acredita ser o
melhor para ele, da mesma forma será com o que compreenderemos o significado da
paciência.
William Shaspeare
dizia que “Aprende que paciência requer muita pratica.”.
Somente
com estes dois pensamentos, poderemos tirar um grande aprendizado.
Reza a lenda que em uma vila muito distante havia um sábio. Considerado
o Senhor da paciência.
Certa vez, um homem rude e sem escrúpulos o desafiou para um duelo. O
duelo consistia em ver quem iria sobrepujar o outro.
No dia e hora marcados, o velho sábio já estava em seu lugar enquanto o
desafiador chegava aos berros, insultando-o proferindo os mais terríveis
palavrões. Chegando mesmo a cuspir e jogar pedras na face do velho sábio. Após
horas de insultos, o desafiador cansado se retira humilhado. Quando um dos
discípulos do velho sábio pergunta: Mestre, como o senhor suportou tudo isto?
O velho sábio responde: quando alguém da um presente a você e você não
aceita-o a quem pertence o presente? O discípulo responde: a quem nos
ofereceu...
Da mesma forma responde o velho sábio, serve para os insultos, a inveja
a humilhação... Se não aceitarmos elas irão continuar sendo as de quem nos
oferece...
Portanto, diante de situações adversas e aflitivas é indispensável
manter o equilíbrio emocional e agir ou reagir com serenidade.
Então, devemos à cada minuto mantermos vigilantes e esforçarmo-nos para desenvolvermos o autodomínio ou
autocontrole.
Como agir diante dos pequenos problemas que nos afetam no dia a dia?
Como conseguir o equilíbrio emocional junto a familiares, chefes ou
subordinados que, por exemplo, recusam-se a assumir suas obrigações e, ao se
omitirem ou transferirem tarefas, indevidamente o sobrecarregam?
O primeiro passo é a compreensão.
Compreender o que está acontecendo e perceber o que querem as pessoas e
por que agem desta forma. Se estiverem desequilibradas e ou se são
inexperientes ou se têm má intenção.
O segundo passo é manter o
sentido de realidade. Não exagerar o que está acontecendo, apavorando-se e
saber julgar com serenidade para saber o que fazer.
O terceiro passo é agir.
Movimentar providências e recursos para resolver o problema.
Nessa fase, é primordial o entendimento através do diálogo. Neste exato
momento teremos o exercício da paciência e fundamental para o seu bem-estar
espiritual e necessita de outros estados mentais como: a benevolência,
indulgência, obediência, resignação e o
perdão como forças ativas.
Conversar claramente sobre a questão surgida para estabelecer como você
deve agir junto para a necessária solução.
As conclusões tiradas do diálogo devem ser bem definidas, memorizadas ou
até escritas para depois serem avaliadas, a fim de se saber se todos estão
cumprindo sua parte no estabelecido.
Assim, você não terá no lar, no serviço ou no grupo uma falsa harmonia,
construída sobre o injusto sacrifício.
Precisamos compreender que de todos os dias não devemos deixar que o
ontem e o amanhã nos levem as inquietações... Não temos controles destes
dias... Somente o hoje é que poderemos fazer algo a respeito. De forma segura,
deixemos as inquietações tomarem conta de nós por não sabermos quem somos. Este
sentimento nasce da nossa ignorância porem, encontra um solo fértil na falta de
fé.
Quando o homem tiver consciência do que é, terá a certeza de que DEUS,
como Ser Supremo Bom e Justo, e que estamos encarnados como um mecanismo de
evolução de si mesmo.
Quando começarmos a reconhecer que as dificuldades nada mais é que
provações necessárias iremos ter construído uma Fé robusta que fará que toda e
qualquer inquietação esteja afastada de nós. É através da Fé que iremos obter a
garantia do dia de amanhã será melhor do que hoje, não pelos olhos do
materialismo, mas do provimento do
necessário pela Providência Divina. É a FÉ que nos leva ao estado da
CERTEZA que combate a incredulidade, o desespero a desesperança e a
inquietação.
Quando o Mestre Jesus disse “A
cada dia basta o seu mal” nos recomenda que apenas concentremos nos
problemas reais de cada instante, tendo a certeza de que o futuro será sempre
traçado por Deus.
O próprio Cristo poro diversas vezes nos faz o convite à FÉ e à
PACIÊNCIA.
Devemos suportar com paciência e encontraremos
a resignação.
Palavras difíceis que encontramos na Doutrina Espírita um significado
mais amplo: São grande finalidade de
muitas provas ao exercício da paciência.
Se o Mestre Jesus e Paulo nos trouxeram alerta e o chamado, a
Doutrina Espírita nos traz a explicação, resta-nos saber COMO esse desenvolvimento se processa e COMO deveremos agir e pensar sobre os problemas da vida para que nossa Paciência seja desenvolvida. Precisamos compreender que Não somos seres humanos tendo uma experiência espiritual, somos seres espirituais tendo uma experiência humana.
Doutrina Espírita nos traz a explicação, resta-nos saber COMO esse desenvolvimento se processa e COMO deveremos agir e pensar sobre os problemas da vida para que nossa Paciência seja desenvolvida. Precisamos compreender que Não somos seres humanos tendo uma experiência espiritual, somos seres espirituais tendo uma experiência humana.
Percebemos que
é uma proposta audaciosa, uma profunda mudança de paradigma, que faz com que
passamos a vivermos no mundo, mas que
não sejamos do mundo. Aos poucos,
esta visão será ampliada e tudo passa a ser visto com os Olhos do Espírito e
tudo que figurava como infinitas e impossíveis, as soluções tornam-se naturais,
mesmo que cheguem a machucar o coração não vão estar fora da Bondade e
Misericórdia de DEUS.
Assim,
passamos a compreender que os problemas que pareciam imensos tornam-se pequenos
dentro de uma finalidade de progresso, evolução e aprendizado.
Em nossas
vidas, notaremos que temos grandiosas oportunidades da pratica da Paciência,
perdas de entes queridos é uma delas, e se bem compreendida e exercitada iremos
vir a ter encontros melhores e mais profundos no futuro com essas pessoas.
Notaremos que o desespero da vida física, embora sejam dolorosos para nós que
estamos no plano físico, se apagam na eternidade de nossa existência.
Se fizermos
uma viagem, perceberemos o quão somos pequenos e DEUS em sua imensa Bondade,
Misericórdia e Amor nos da toda sua atenção em demonstração do quanto somos
importantes.
Se somos tão
pequenos, o que serão nossos problemas?
O que restou
deles?
Apenas a
lembrança, o aprendizado, a paz e a força que adquirimos em passá-los.
No final,
perceberemos que exercitarmos a paciência não é um mérito e uma questão de
obrigação.
Podemos concluir
que: o exercício da paciência é
fundamental para o seu bem-estar espiritual e necessita de outros estados
mentais como: a obediência e a resignação, devidamente entendidos como forças
ativas.
No
entanto, a vivência da paciência solicita de você o treino para o autodomínio.
Esforce-se
para conseguir autodomínio equilibrado. Co trole as emoções negativas, m você
deve exteriorizar e expandir as emoções positivas.
Construa,
com a educação espiritual, um filtro de emoções que permita a passagem de
emoções positivas e retenha as negativas.
Todos os direitos reservados ao autor Luiz Felipe Nicolato ®