sexta-feira, 5 de setembro de 2014

A parábola do O Filho Pródigo


Em  Lucas , 15:11 a 32 temos a parábola do O Filho Pródigo.

“Um homem tinha dois filhos. O mais jovem disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte da herança que me cabe.’ E o pai dividiu os bens entre eles. Poucos dias depois, ajuntando todos os seus haveres, o filho mais jovem partiu para uma região longínqua a ali dissipou sua herança numa vida devassa. E gastou tudo. Sobreveio àquela região uma grande fome, e ele começou a passar privações. Foi, então, empregar-se com um dos homens daquela região, que o mandou para seus campos cuidar dos porcos. Ele queria matar a fome com as bolotas (cascas) que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava. E caindo em si, disse: ‘Quantos servos de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui, morrendo de fome! Vou-me embora, procurar o meu pai e dizer-lhe: Pai, pequei contra o céu e contra ti; já não sou mais digno de ser chamado teu filho. Trata-me como um dos teus empregados.’ Partiu, então, e foi ao encontro de seu pai. Ele estava ainda longe, quando o seu pai o viu, encheu-se de compaixão, correu e lançou-se-lhe ao pescoço, cobrindo-o de beijos. O filho, então. Disse-lhe: ‘Pai, pequei contra o céu e contra ti; já não sou digno de ser chamado teu filho.’ Mas o pai disse aos seus servos; ‘Ide depressa, trazei a melhor túnica e revesti-o com ela, pode-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés. Trazei o novilho cevado e matai-o; comamos e festejamos, pois este meu filho estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi reencontrado!’ E começaram a festa. Seu filho mais velho estava no campo. Quando voltava, já perto da casa ouviu músicas e danças. Chamando um servo, perguntou-lhe o que estava acontecendo. Este lhe disse: ‘É teu irmão que voltou e teu pai matou o novilho cevado, porque o recuperou com saúde.’ Então ele ficou com muita raiva e não queria entrar. Seu pai saiu para suplicar-lhe. Ele porém, respondeu a seu pai: ‘Há tantos anos eu te sirvo, e jamais transgredi um só dos teus mandamentos, e nunca me deste um cabrito para festejar com meus amigos. Contudo, veio esse teu filho, que devorou teus bens com prostitutas, e para ele matas o novilho cevado!’ Mas o pai lhe disse: ‘Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. “Mas era preciso que festejássemos e nos alegrássemos, pois este teu irmão estava morto e tornou a viver, ele estava perdido e foi reencontrado.”

Como Jesus sempre  utilizou de parábolas, podemos compreender que o Pai nesta estória é DEUS.
Os filhos representam a humanidade. O filhos obediente, podemos notar que é o filho invejoso, avarento e egoísta. É o que fica com o pai, com os bens além de não possuir sentimentos como compaixão, perdão e amor ao próximo.
Quando ele exalta suas qualidades e referindo-se ao irmão com desdém, nos lembram do Fariseu   orando no templo exaltando seus méritos e menosprezando o publicanos. Pura falta de caridade e amor ao próximo.
A outra parte representado pelo filho  desobediente e esbanjador (que quer curtir a vida e se esquece de Deus), e com isso esbanja os bens que o Pai lhe deu como: a inteligência, a saúde, o tempo, o saber, o dinheiro, etc. E, quando a dor, a fome, as tribulações aparecem, este  se arrepende e volta-se para Deus, que é nosso Pai Compassivo,  Eternamente Amigo e de Misericórdia extrema. Cometendo erros ou  não, devemos sempre ir ao encontro do PAI, na estrada da oração sincera, com o coração arrependido e disposto a nos esforçar para não cometermos mãos os mesmos erros. Nosso Pai, que estas no céus, sempre nos ouvirá e virá ao nosso encontro, porque não há ninguém tão bom quanto Deus. Nem há quem nos ame tanto quanto Ele.
Todavia, esta parábola mostra-nos  também que, as penas eternas inventadas pelos homens, não existem. As portas do Céu jamais se fecham, permanecendo abertas para todos os filhos do Pai que estejam arrependidos.
Jesus, nesta parábola nos mostra um Pai  que está sempre de braços abertos para receber seus filhos arrependidos, e dar a eles uma nova chance reencarnatória para que possam ressarcir seus erros.
Em Mateus, 18:15, 21 e 2 Nos relata que:
Se contra vós pecou vosso irmão, ide fazer-lhe sentir a falta em
particular, a sós com ele; se vos atender, tereis ganho o vosso irmão”. Então, aproximando-se dele, disse lhe Pedro: “Senhor, quantas vezes perdoarei a meu irmão, quando houver pecado contra mim? Até sete vezes?” Respondeu-lhe Jesus: “Não vos digo que perdoeis até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes.”

Como Jesus poderia dizer para perdoarmos (para seus irmãos cheios de falhas moral) para perdoar 70 x 7 vezes, ou seja, infinitamente, se o PAI que é perfeito a Misericórdia e a Bondade não perdoa? É incoerente.
Como vemos, não há sofrimentos eternos, não há dores nem castigos sem fim. Entretanto,  há felicidades indestrutíveis por toda a eternidade, esplendores por toda a Criação, amor por todo o infinito
Deus não joga dados nem escolhe seus filhos. A lei de Deus é igual para todos: não poderia ser boa para o bom e má para o mau; porque tanto o que é bom quanto o que é mau estão sob as vistas do Pai. O que faz do mau bom, e do bom melhor: pois tudo é criado para que o homem seja perfectível e a imagem dos exemplos que Jesus nos deixou possa com o livre arbítrio, cada filho glorificar o seu imaculado nome.
Para Deus, não  há privilégios nem exclusões; para todos Ele faz nascer do Sol, para todos possam ter uma nova oportunidade em fazer brilhar sua luz.
O Pai “não quer a morte do filho mau e ingrato, mas sim que ele  abandone o mau caminho e viva.”
Ninguém se perde, pois não há culpas irreparáveis.
Não basta nos abstermos do mal, nem é suficiente que cultivemos uma fé inoperante para fazermos jus às alegrias do Pai. É necessário, é condição indispensável para isso, que tenhamos desenvolvido em nós o amor e possamos praticar o B.I.P de Jesus:
Benevolência
Indulgência
Perdão.


Todos os direitos reservados ao autor Luiz Felipe Nicolato ®