No Livro Rumo Certo, psicografia de Psicografia de Francisco
Cândido Xavier na pagina 41 na mensagem “O próximo e nós, o Espírito Emmanuel
descreve da seguinte forma: “Esperas ansiosamente encontrar o Senhor
e um dia chegarás à Divina Presença; entretanto, antes de tudo, a vida te
encaminha à presença do próximo, porque o próximo é sempre o degrau da bendita
aproximação”.
Mas quem é o meu próximo? - perguntará
decerto, qual ocorreu ao Doutor da Lei nas luzes da parábola.
Todavia, convém saber que, além do
próximo mais próximo a quem nomeias como sendo o coração materno, o pai querido,
o filho de nossa bênção, o irmão estimável e o amigo íntimo, no clima
doméstico, o próximo é igualmente o homem que nunca vista, tanto aquele que te
fixa indiferente em qualquer canto da rua. É a criança que passa, o chefe que
te exige trabalho, o subordinado que te obedece, o sócio de ideal, o mendigo
que te fala a distância...
É a pessoa que te impõe um problema,
verificando-te a capacidade de auxílio; é quem te calunia, medindo-te a
tolerância; quem te oferece alegria, anotando-te o equilíbrio; é a criatura que
te induz à tentação, testando-te a resistência... É o companheiro que te
solicita concurso fraterno, tanto quanto o inimigo que se sente incapaz de
pedir-te o mais ligeiro favor.
Às vezes tem um nome familiar que te
soa docemente aos ouvidos; de outras, é categorizado por ti à conta de
adversário, que não te aprova o modo de ser. Em suma, o próximo é sempre o
inspetor da vida que nos examina a posição da alma nos assuntos da Vida Eterna.
Entre ele e nós se destacam sempre a necessidade e a oportunidade a que se
referia Jesus na parábola inesquecível.
Isto porque o Bom Samaritano foi
efetivamente o socorro para o irmão caído na estrada de Jerusalém para Jericó,
mas o irmão tombado no caminho de Jerusalém para Jericó foi para o Bom
Samaritano, o ponto de apoio para mais um degrau de avanço, no caminho para o
encontro com DEUS.”
No L.E. na questão de nº 886. Qual o verdadeiro
sentido da palavra caridade, como a entendia Jesus? “Benevolência para com
todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas.”
Parafraseando
São Vicente de Paulo “Tanto o amor como a caridade torna-se complemento da Lei
de justiça, já que amar o próximo e fazer ao próximo o que desejamos que nos
sejam feitos”.
Na
questão de nº 887.do L.E. “ Jesus
também disse: Amai mesmo os vossos inimigos. Ora, o amor aos inimigos
não será contrário às nossas tendências naturais e a inimizade não provirá de uma
falta de simpatia entre os Espíritos?
“Certo ninguém pode votar aos seus
inimigos um amor terno e apaixonado. Não foi isso o que Jesus entendeu de
dizer. Amar os inimigos é perdoar-lhes e lhes retribuir o mal com o bem. O que
assim procede se torna superior aos seus inimigos, ao passo que abaixo deles se
coloca , se procura tomar vingança.”
Entretanto na questão 888 e 888-a do
L.E. 888. Que se deve pensar da
esmola?
“Condenando-se a pedir esmola, o homem
se degrada física e moralmente: embrutece-se. Uma sociedade que se baseia na
lei de Deus e na justiça deve prover à vida do fraco, sem que haja para ele humilhação. Deve assegurar a
existência dos que não podem trabalhar, sem lhes deixar a vida à mercê do acaso e da boa-vontade de
alguns.”
a) - Dar-se-á reproveis a esmola?
“Não; o que merece reprovação não é a
esmola, mas a maneira por que habitualmente é dada. O homem de bem, que
compreende a caridade de acordo com Jesus, vai ao encontro do desgraçado, sem
esperar que este lhe estenda a mão”.
“A verdadeira caridade é sempre bondosa
e benévola; está tanto no ato, como na maneira por que é praticado. Duplo valor
tem um serviço prestado com delicadeza. Se o for com altivez, pode ser que a
necessidade obrigue quem o recebe a aceitá-lo, mas o seu coração pouco se
comoverá.”
“Lembrai-vos também de que, aos olhos de
Deus, a ostentação tira o mérito ao benefício. Disse Jesus: “Ignore a vossa mão
esquerda o que a direita der.” Por essa forma, ele vos ensinou a não tisnardes
a caridade com o orgulho”.
“Deve-se distinguir a esmola,
propriamente dita, da beneficência. Nem sempre o mais necessitado é o que pede.
O temor de uma humilhação detém o verdadeiro pobre, que muita vez sofre sem se
queixar. A esse é que o homem verdadeiramente humano sabe ir procurar, sem
ostentação”.
“Amai-vos uns aos outros, eis toda a
lei, lei divina, mediante a qual governa Deus os
mundos. O amor é a lei de atração para
os seres vivos e organizados. A atração é a lei deamor para a matéria inorgânica”.
“Não esqueçais nunca que o Espírito,
qualquer que seja o grau de seu adiantamento,
sua
situação como encarnado, ou na erraticidade, está sempre colocado entre um
superior, que o guia e aperfeiçoa, e um inferior, para com o qual tem que
cumprir esses mesmos deveres. Sede, pois, caridosos, praticando, não só a
caridade que vos faz dar friamente o óbolo que tirais do bolso ao que vo-lo
ousa pedir, mas a que vos leve ao encontro das misérias ocultas. Sede
indulgente com os defeitos dos vossos semelhantes. Em vez de votardes desprezo
à ignorância e ao vício, instruí os ignorantes e moralizai os viciados.
Sede brandos e benevolentes para com
tudo o que vos seja inferior. Sede-o para com os seres mais ínfimos da criação
e tereis obedecido à lei de Deus.”
SÃO VICENTE DE PAULO
No
livro o Consolador, na questão de nº 255 – Devemos nós, os
espiritistas, praticar somente a caridade espiritual, ou também a material?
-A
divisa fundamental da codificação kardequiana, formulada no “fora da caridade
não há salvação”, é bastante expressiva para que nos percamos em minuciosas
considerações.
Todo serviço da
caridade desinteressada é um reforço divino na obra da fraternidade humana e da
redenção universal.
Notemos que o Evangelho de Jesus está repleto de
ensinamentos sobre a caridade. Aos poucos vamos percebendo a necessidade da
conquista desta virtude. Por outro lado, como seguidores dos ensinamentos de
Jesus, o seu MAIOR exemplo, aliado ao
exemplo aqueles que admiramos na prática desta sublime virtude.
A máxima da Doutrina Espírita:
"Fora da Caridade não há salvação", nos leva a
pensar que somos criados para sermos felizes, queremos ser felizes e temos
necessidade de sermos felizes, é preciso que entendamos e começemos a pratica
da Caridade.
De que forma poderemos por em prática a caridade ? No dia a dia a vida nos
apresenta grandes oportunidades de praticarmos a caridade moral. Buscando
compreender cada companheiro na familia, no trabalho na sociedade de uma forma
geral. Da mesma forma, a vida oferecenos oportunidade da pratica da carida
material, que é “dar agua a quem tem
sede”, “alimentar a quem tem fome”.
No Livro O Evangelho
Segundo o Espiritismo Capítulo XIII, item 9 encontramos uma mensagem de
Rosália: "A caridade moral consiste
em se suportarem umas às outras as criaturas e é o que menos fazeis nesse mundo
inferior, onde vos achais, por agora, encarnados. Grande mérito há, crede-me,
em um homem saber calar-se, deixando fale outro mais tolo do que ele. É um
gênero de caridade isso. Saber ser surdo quando uma palavra zombeteira se
escapa de uma boca habituada a escarnecer; não ver o sorriso de desdém com que
vos recebem pessoas que, muitas vezes erradamente, se supõem acima de vós,
quando na vida espírita, a única real, estão, não raro, muito abaixo, constitui
merecimento, não do ponto de vista da humildade, mas do da caridade, porquanto
não dar atenção ao mau proceder de outrem é caridade moral."
Seja assim: O homem verdadeiramente bom
procura elevar aos seus próprios olhos aquele que lhe é inferior, diminuindo a
distância que os separa.
Desta forma,
lembremos-nos das palavras de Jesus “Amemo-nos uns aos outros e façamos aos
outros o que quereríamos que nos fosse feito”.
Simples, porém não é
fácil, para praticar a Caridade Moral, precisaremos antes avaliar o que somos
em um processo de reforma constante.
Somente quando nosso
íntimo estiver em comum acordo com nossas atitudes e que seremos merecedores do
reconhecimento da caridade moral.
Para muitos, uma utopia, uma palavra de efeito.
Para você quem é o próximo?
Para quem aceita os Ensinamentos
do Mestre Jesus, como o único caminho para a felicidade e a paz dos homens,
amar ao próximo é um ideal a ser conquistado.
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