segunda-feira, 1 de julho de 2013

Não vim destruir a Lei



 
No Evangelho Segundo o Espiritismo, o primeiro capítulo tem o título de Não vim destruir a Lei.

“Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim para destruí-los, mas para dar-lhes cumprimento. Porque em verdade vos digo que o Céu e a Terra não passarão, até que não se cumpra tudo quanto está na lei, até o último jota e o último ponto”. (S. MATEUS, cap. V, vv. 17 e 18.)

Você ama a DEUS? Ou será que você tem medo de DEUS?

Ainda no sec. XXI ouvimos esta expressão.

Moises, há mais ou menos 4.000 atrás, um grande legislador do povo Hebreu, certamente teremos medo de DEUS.

Quando Moises apresentou a ideia de DEUS em sua época, Moisés, o apresentou como um DEUS ciumento, vingativo, guerreiro. Um DEUS injusto, pois punia um povo inteiro pela falta de seu chefe.

Mas, Moisés revelou dois aspectos da Lei. As Leis Naturais que são as que regem os princípios Material e Espiritual, e há as Leis Sociais; as que regem o relacionamento entre os homens.

As Naturais no seu aspecto espiritual, moral, através dos Dez Mandamentos e as Sociais, elaboradas e adaptadas para conduzir um povo que vivia sob o regime de escravidão, ambas grafadas no Pentateuco Bíblico ou Torá.

As naturais são imutáveis e os homens as vão descobrindo à medida que as assimilam intelectual e moralmente, respectivamente.
As sociais sofrem alterações periodicamente pela necessidade de se adaptarem ao progresso alcançado pelo homem pela assimilação das Leis Naturais.

É a primeira revelação.

A revelação das Leis no aspecto material era tarefa futura reservada aos homens encarnados a fim de que se burilassem intelectualmente abrindo-se para as conquistas da alma e para a compreensão das Leis Morais.

A lei de Deus está formulada nos dez mandamentos seguintes:

I. Eu sou o Senhor, vosso Deus, que vos tirei do Egito, da casa da servidão. Não tereis, diante de mim, outros deuses estrangeiros.

- Não fareis imagem esculpida, nem figura alguma do que está em cima do céu, nem embaixo na Terra, nem do que quer que esteja nas águas sob a terra. Não os adorareis e não lhes prestareis culto soberano.

II. Não pronunciareis em vão o nome do Senhor, vosso Deus.

III. Lembrai-vos de santificar o dia do sábado.

IV. Honrai a vosso pai e a vossa mãe, a fim de viverdes longo tempo na terra que o Senhor vosso Deus vos dará.

V. Não mateis.

VI. Não cometais adultério.

VII. Não roubeis.

VIII. Não presteis testemunho falso contra o vosso próximo.

IX. Não desejeis a mulher do vosso próximo.

X. Não cobiceis a casa do vosso próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu asno, nem qualquer das coisas que lhe pertençam.

 

Além dos Mandamentos, Moisés estipulou, com o auxílio de outros colaboradores, entre eles, podemos destacar Arão, seu irmão, e Josué a quem foi designada a tarefa de sucedê-lo. Uma  série de leis para que as pessoas não matassem umas às outras. Esses regulamentos, se assim podemos chamar, diferentemente dos Dez Mandamentos, correspondem a leis que deveriam ser atualizadas de acordo com o avanço do tempo e com o amadurecimento desses espíritos encarnados. Entre essas leis temporárias poderíamos citar algumas:

Em Êxodo, 21:12 encontraremos “Quem ferir a outro de modo que este morra, também será morto.”

Em Êxodo, 21:15 encontraremos “Quem ferir a seu pai ou a sua mãe, será morto.”

Em Êxodo, 21:17 encontraremos “Quem amaldiçoar o seu pai ou sua mãe, será morto.”

 

Muitas vezes, por falta de conhecimento e até mesmo cultura, pensamos se o Antigo Testamento tem alguma relevância para à compreensão da Doutrina Espírita? A resposta é Sim! Mas, antes se faz necessário a percepção da importância de cada ensinamento.

A importância de Moisés é que a humanidade teve um contato com a noção de justiça, por mais absurda e estranha que essa justiça possa parecer nos dias de hoje.

Em uma época onde qualquer ensinamento mais profundo em relação a estas leis seria incompreendida e para esse período Moisés as compilou de forma o povo Hebreu pudesse compreender. Para cada lição há o seu devido tempo.

Mas, com a chegada de Jesus, 18 séculos depois, poderemos ver no Livro A Gênese, cap. I, tópico 49., os Dez Mandamentos foram resumidos em dois ensinamentos mais abrangentes, e não menos importantes: "amar a Deus sobre todas as coisas e amar o próximo como a si mesmo" onde podemos constatar em Mateus, cap. XXII, v. 34 a 40.

Com Jesus a idéia de justiça, com Moisés, agora era atualizada com a Lei de Amor. Conforme nos ensina a Doutrina Espírita, enquanto a chamada Lei Antiga corresponde a um clamor dos homens pedindo sinais dos Céus, o Novo Testamento (Segunda Revelação), trazido por Jesus, é a resposta de Deus, dizendo que O Pai Eterno está presente ao lado de Seus filhos, e que os ama incondicionalmente.

Mas e o Espiritismo? Conforme nos ensina o Evangelho, o Espiritismo é o Consolador prometido há 2000 anos, como podemos ver em João, todo o capítulo XIV.

A Doutrina Espírita é isenta de dogmas. Não veio para contestar o que foi ensinado por Jesus, e sim para auxiliar a humanidade na compreensão e cumprimento de suas lições. Não se pretende como Doutrina única e possuidora exclusiva da verdade. Mas é o Espiritismo a Doutrina que esclarece sobre a continuidade da vida do espírito após a morte do corpo físico, assim como explica a reencarnação e as leis de provas e expiações. Sendo uma Doutrina muito recente, apenas com 156 anos, o Espiritismo ainda terá muito que caminhar com a humanidade.

No mundo todo há bilhões de pessoas que ainda não creem na "vida a pós a vida", quanto mais na possibilidade de comunicação com a espiritualidade, o que se dirá sobre a reencarnação. No Brasil isso é uma exceção, não só pelo fato de haver milhares de instituições espíritas atuantes, mas por ser uma nação que quase não pratica a intolerância religiosa. Quando o faz, isso se dá em proporções muito menores do que em outros países.

Daí a importância de fazermos um esforço para entendermos o primeiro capítulo de O Evangelho Segundo o Espiritismo, porque este terá que ser, não apenas lido e relido muitas vezes, mas também será necessário que os espíritas entendam sua responsabilidade sobre o que conhecem, e que tenham a humildade para não fazer proselitismos.

O Evangelho nos ensina a não pregarmos frases como "Fora do Espiritismo não há salvação", justamente para não compartilharmos de práticas excludentes. Não será difícil crer que muitos homens (espíritas ou não) que atualmente são esclarecidos e de alma pacífica, tiveram encarnações passadas como fariseus “Do hebreu parush: divisão, separação: Seita fundada por volta de 200 anos antes do Cristo. De acordo com a introdução de O Evangelho Segundo o Espiritismo, os fariseus "tomavam parte ativa nas controvérsias religiosas. Servis cumpridores das práticas exteriores do culto e das cerimônias; cheios de um zelo ardente de proselitismo, inimigos dos inovadores, afetavam grande severidade de princípios; mas, sob as aparências de meticulosa devoção, ocultavam costumes dissolutos, muito orgulho e, acima de tudo, excessiva ânsia de dominação (...)", ou até mesmo inquisidores O termo Inquisição refere-se a várias instituições dedicadas à supressão da heresia no seio da Igreja Católica. A Inquisição foi criada inicialmente para combater o sincretismo entre alguns grupos religiosos, que praticavam a adoração de plantas e animais e utilizavam mancias.1 A Inquisição medieval, da qual derivam todas as demais, foi fundada em 1184 no Languedoc (sul da França) para combater a heresia dos cátaros ou albigenses. Em 1249, implantou-se também no reino de Aragão, como a primeira Inquisição estatal e, já na Idade Moderna, com a união de Aragão e Castela, transformou-se na Inquisição espanhola (1478 - 1834), sob controle direto da monarquia hispânica, estendendo posteriormente sua atuação à América. A Inquisição portuguesa foi criada em 1536 e existiu até 1821). A Inquisição romana ou "Congregação da Sacra, Romana e Universal Inquisição do Santo Ofício" existiu entre 1542 e 1965. O condenado era muitas vezes responsabilizado por uma "crise da fé", pestes, terremotos, doenças e miséria social, sendo entregue às autoridades do Estado, para que fosse punido. As penas variavam desde confisco de bens e perda de liberdade, até a pena de morte, muitas vezes na fogueira, método que se tornou famoso, embora existissem outras formas de aplicar a pena. Os tribunais da Inquisição não eram permanentes, sendo instalados quando surgia algum caso de heresia e eram depois desfeitos. Posteriormente tribunais religiosos e outros métodos judiciários de combate à heresia seriam utilizados pelas igrejas protestantes3 (como por exemplo, na Alemanha e Inglaterra4 ). Embora nos países de maioria protestante também tenha havido perseguições - neste caso contra católicos, contra reformadores radicais, como os anabatistas, e contra supostos praticantes de bruxaria, os tribunais se constituíam no marco do poder real ou local, geralmente ad-hoc, e não como uma instituição específica.

O delator que apontava o "herege" para a comunidade, muitas vezes garantia sua e status perante a sociedade.5 A caça às bruxas não foi perpetrada pela Inquisição, mas sim por Estados e tribunais civis independentes, sem reais ligações com a Inquisição1 ".

Ao contrário do que é comum pensar, o tribunal do Santo Ofício era uma entidade jurídica e não tinha forma de executar as penas. O resultado da inquisição feita a um réu era entregue ao poder secular.

A instalação desses tribunais era muito comum na Europa a pedido dos poderes régios, pois queriam evitar condenações por mão popular. Diz Oliveira Marques em História de Portugal, tomo I, página 393: «(…) A Inquisição surge como uma instituição muito complexa, com objetivos ideológicos, econômicos e sociais, consciente e inconscientemente expressos. A sua atividade, rigor e coerência variavam consoante a época.»

No século XIX, os tribunais da Inquisição foram suprimidos pelos estados europeus, mas foram mantidos pelo Estado Pontifício. Em 1908, sob o Papa Pio X, a instituição foi renomeada "Sacra Congregação do Santo Ofício". Em 1965, por ocasião do Concílio Vaticano II, durante o pontificado de Paulo VI e em clima de grandes transformações na Igreja após o papado de João XXIII, assumiu seu nome atual - "Congregação para a doutrina da Fé". e tiranos.

O capítulo Primeiro do Evangelho serve para nos despertar para uma época de esclarecimento, caridade e fraternidade, e para que não sejam repetidos tantos erros do passado.

Deus permita que possamos seguir o exemplo de Paulo de Tarso e que diante do nosso Caminho de Damasco, ouçamos também o chamado de Jesus e tenhamos a coragem de atendê-lo.

 

Pense nisto, mas...

 

Pense agora...




 

 

 





 

 

 


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sexta-feira, 24 de maio de 2013

A desigualdade e a crescente indiferença humana



O mundo já não é mais o mesmo.
Cada vez mais insensível, a indiferença  leva a uma desigualdade cada vez mais gritante.
O mundo, como meus avós conheceram, como eu mesmo cresci sofreu uma mudança imensa. Cada vez mais a intolerância e as inversões de valores falam mais e cada vez mais alto nos corações de gelo.
Matam, machucam, destroem cada vez mais e com uma facilidade impar. É fácil criticar o mundo, por a culpa nos governantes. Ah, sempre mais fácil transferirmos responsabilidades aos outros do que assumirmos nosso papel dentro da sociedade.
O mundo corrompe, sim, mas desde que cada um de nós permita ser corrompido.
Valores como ética, lealdade, respeito adquiridos ainda criança, é algo que vem do berço.  Falar dos valores humanos é algo que vai além do complexo. Aceitar as verdades, as crenças e compreender cada valor são peculiares a cada ser humano.
Uma verdade possui três lados.  O  primeiro é a verdade nua e crua, o segundo lado é a minha verdade é como vejo a vida baseado pelo o que conheço e pelas informações que possuo e o terceiro lado é o que outrem possui baseado no conhecimento e informações que ela possui. Cada um de nós adquire seus próprios valores baseado nas experiências de vida de cada um.
O que mais angustia é poder ver a capacidade da indiferença que nós seres humanos possuímos. Muitas vezes, fingimos que não  temos problemas e que nada poderá nos atingir ou que somos melhores do que outro. Não basta reclamar, dizer que irá mudar o mundo basta apenas mudar a você e depois um pequeno gesto poderá fazer a diferença na vida de alguém. E, não pense que por ser um pequeno gesto não é o suficiente...
Toda grande obra só poderá ser realizada após concluirmos pequenas obras...
Devemos aceitar cada ser humano como ele é, com suas limitações e  qualidades e uma enorme dose de imperfeição...

Somos limitados e imperfeitos devemos aceitar esta rudimentar vestimenta da verdade e fazer o que for necessário para que possamos amanhã ser melhores do que hoje e hoje, melhores do que fomos ontem.

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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Estranha Moral

 
Estranha moral!
O por que de ser estranha moral?
Definiremos a palavra moral, que vem do latim moris, que representa o modo de agir, conduta e modo de proceder.
Segundo os benfeitores espirituais na questão de nº 629 do L.E.
Que definição se pode dar da moral? é a diferenciação entre o bem e o mal.. é o agir dentro das leis divinas.
Quando Kardec escreveu O Evangelho Segundo o Espiritismo, primou pelas escolhas dos versículos que tratavam da moral do ensinamento de Jesus, são os que normalmente são aceitos pelas religiões sem nenhuma contradição em termo de entendimento e isto focado dentro dos princípios básico da doutrina...
O que é estranha moral? Do que  diverge do habitual do comportamento de Cristo. Como é que pode um espirito fez de uma vivencia mais do amor que vai de encontro do que ele havia ensinado...
Kardec demonstra que não há contradição nas palavras de Jesus...
Odiar os pais...
Pensemos desta forma, Jesus nada escreveu, tudo o que temos de ensinamentos do mestre, veio de seus discípulos... e alguns nem estiveram ao lado do mestre...
Sabemos que de acordo com a cultura tem um determinado peso em um determinado contexto, Se separarmos o que foi dito em uma determina época.
Em um determinado contexto de forma direta para nossa cultura de hoje, iremos ter um entendimento divergente do que Jesus disse em seu tempo. 

1.       Como nas suas pegadas caminhasse grande massa de povo, Jesus, voltando-se, disse-lhes: - Se alguém vem a mim e não odeia a seu pai e a sua mãe, a sua mulher e a seus filhos, a seus irmãos e irmãs, mesmo a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. -E quem quer que não carregue a sua cruz e me siga, não pode ser meu discípulo. - Assim, aquele dentre vós que não renunciar a tudo o que tem não pode ser meu discípulo. (S. LUCAS, cap. XIV, vv. 25 a 27 e 33.) 

Se observamos estes versículos iremos encontrar uma condição para seguirmos o Mestre, e, ao  analisarmos pensaremos em uma contradição do Mestre...
Como Jesus, que sempre pregou o amor aos  próprios inimigos.
Dizer isto em relação aos que são mais caros em nossas vidas..
No latim non odit em grego miseï ou Kaï, não quer dizer odiar, mas amar menos.

Vemos em Genesis cap XXIX v. 30, 31 “Jacó amou também Raquel mais do que a Lia, e Jeová vendo que Lia era odiada...”  fica evidente que esta no sentido de menos amada, ou não amar tanto quanto a um outro. 

Jesus nos pede que nos amemos mais do que aquele que nos são mais importantes.
Jesus nos pede para que possamos ama-lo como Cristo, como modelo e representante para seguirmos aqui na terra...
Qual de nos ficaremos presos aos valores materiais tendo oportunidades em praticar os valores sublimes que somos convidados a viver ao longo de nossa reencarnação...
Estamos perdendo uma oportunidade em perde-la e não ter outra oportunidade em oferecer algo de melhor ao grupo de convivência mais próximo..
é apenas uma questão de entendimento e tradução...
O hebraico era uma língua não muito rica... tem uma palavras que significa muitas coisas..
No português temos a palavra manga... parte da camisa.. ou enquanto fruta...
 
Cravo... Tempero, problema de pele, flor ou instrumento musical..

Se pensarmos que nos primeiros tempos, o evangelhos era transcrito, copia ...  algo errado do que Jesus disse, dará um novo sentido ao que Jesus disse ao seu tempo... 

Abandonar pai, mãe e filhos 

4. Aquele que houver deixado, pelo meu nome, sua casa, os seus irmãos, ou suas

irmãs, ou seu pai, ou sua mãe, ou sua mulher, ou seus filhos, ou suas terras, receberá o cêntuplo de tudo isso e terá por herança a vida eterna. (S. MATEUS, cap. XIX, v. 29.).
Jesus, sempre utilizou a figura de linguagem em sua comunicação. É tirar da letra o espirito.
Quando Jesus fala, Aquele que  ama mais seu pai e sua mãe mais que a mim... pensamos nos valores familiares. Pensamos no Pai, nos valores da racionalidade do qual nós procedemos... o nosso lado sombra, nosso lado antigo quede tempos em tempos pela inteligência, pela  racionalidade em nos dominar e fazer com que de alguma forma mantenhamos o aspecto primitivo do nosso ser.. Contradizendo a possibilidade do surgimento do Cristo em nós..
Se pensarmos em ralação a mãe. Da mesma forma, são os valores antigos que dizem respeito ao sentimento, os sentimentos mal vivenciados, aos sentimentos ligados aos vícios de conduta, as viciações de afetividades..
Pai e Mãe, são valores antigos, de onde procedemos...
Pensando em filhos, filhas, são os produtos das vivencias de agora.. é o resultado das nossas ações, dos valores que estamos expressando agora...
Jesus nos disse... conhece a arvore pelos seus  frutos. Uma arvore boa dá bons frutos, uma arvore ruim, dará maus frutos.. diz respeito ao auto conhecimento. Quais  são os valores frutificando a partir de nossa vivencia...
Não basta termos bons pensamentos mas precisamos entender e atender o convite do cristo é para agir no bem... ao longo do tempo somos convidados a ter uma vivencia  mais positiva no mundo...
Ficamos escandalizados com as informações, com as noticias que recebemos, seja escrita, falada e televisiva nos perguntemos: e nós, de nossa parte o que temos oferecido de bom para contrabalançar esta vivência que ainda vemos ligadas ao mal? Muitas destas vivencias ainda encontram o eco em nós mesmos. Basta que nos tenhamos um pouco mais de autoconhecimento para reconhecermos que possuímos muitos traços que ainda precisamos lapidar..
Dizem respeito ao nosso pai interior, mãe interior, nossos filhos interiores. É família que compõem nossa casa  intima . casa dos nossos sentimentos e valores...
Apenas iremos compreender de acordo com o nosso conteúdo interior..
Os ensinamentos do Cristo nos diz sobre o amor, fraternal, filial, maternal. É no seio familiar é que vamos treinar o amor maior.. é o amor Universal...

Deixar aos mortos o cuidado de enterrar seus mortos 

7. Disse a outro: Segue-me; e o outro respondeu: Senhor, consente que, primeiro, eu vá enterrar meu pai. - Jesus lhe retrucou: Deixa aos mortos o cuidado de enterrar seus mortos; quanto a ti, vai anunciar o reino de Deus. (S. LUCAS, cap. IX, vv. 59 e 60.)

Jesus nos diz a respeito do desafio do discipulado: Este homem foi convidado a ser discípulo de Jesus. Neste caso, o discípulo não aceitou.. não estava pronto, já que não atendeu prontamente o convite do Mestre como aconteceu com outros que o seguiram prontamente. Este discípulo vacilou, ainda estava muito preso aos aspectos do passado. Ainda existia questões a ser trabalhadas. O que estava por trás da intenção desta pessoa?
A todo momento, o Mestre nos convida a agir no bem, mas, sem sempre deixamos uma pendencia, primeiro deixa resolver uma coisa, no caso enterrar o pai, e depois vir a fazer este bem. Perdemos a oportunidade em agir no que somos solicitados.
A vida é dinâmica, não para, quando tivermos uma nova oportunidade será diferente daquela que nos foi solicitada.
A vida espiritual é a vida verdadeira, a vida material é transitória, é passageira. Quando pensamos na questão do morto, nós em relação aos espíritos estamos muitas vezes mortos para os valores superiores da vida... não cabe a nós buscarmos os que não estão abertos aos valores espirituais... devemos buscar em nós mesmos  estes valores perante as oportunidade que a vida nos confere. Cada um de nós tem questões a ser trabalhadas...
Se ficarmos preso pelo valores terrenos e deixarmos de fazer o que é correto, em função do aplauso do mundo do apego da matéria em  função do que irão pensar sobre nós, não seremos dignos do reino de DEUS...neste sentido é que Jesus nos convida a nos libertarmos  do apego da matéria do aplauso do mundo em valores espirituais.  

Não vim trazer a paz, mas, a divisão. 

9. Não penseis que eu tenha vindo trazer paz à Terra; não vim trazer a paz, mas a espada; - porquanto vim separar de seu pai o filho, de sua mãe a filha, de sua sogra a nora; - e o homem terá por inimigos os de sua própria casa. (S. MATEUS, cap. X, vv. 34 a 36.)

Parece mais uma contradição no que Jesus sempre nos disse.

Como que alguém que se fez o maior representante do amor,  o cordeiro da mansidão, capaz de levantar um palavra de agressividade em relação a alguém.. poderia ter dito uma frase que parece ser mais dita por um conquistador sanguinolento do mundo.

Na verdade ela foi dita por nosso Mestre Maior..

Esta espada de Jesus, esta encravada na terra, formando a Cruz... 

Sabemos que novas verdades são difíceis de serem aceitas desde os primórdios e enquanto o homem não for suficientemente evoluído haverão brigas de toda ordem.

Sócrates que precedeu Jesus por ter pregado verdade, justiça e amor entre os homens foi condenado à morte ingerindo a cicuta.

Saulo de Tarso, Judeu convicto, combatia os cristãos, sobretudo aqueles mais atuantes, o que perseguia a Jesus que ao ver o grande amor resolveu converter-se ao cristianismo tornando-se seu grande defensor por isso mesmo foi preso, julgado e condenado à morte.

Quantas são as guerras consideradas santas em nome de Deus? Infelizmente ainda na atualidade homens não compreendem o cristianismo.
E Jesus ao citar sua parábola certamente sabia da falta de entendimento dos homens ele que se deixou crucificar e até o último momento amou-nos e pediu ao Pai Perdão por nós. 


O que nós podemos fazer?

O que o espiritismo ao ser trabalhado, ao ser divulgado, tem a importante missão de fazer é justamente tirar o véu que encobre muitos rostos.

Levar os homens a mais profunda das reflexões.

A Moral de Jesus é senão a prática do bem sem cessar do amor incondicional.

E o que devemos como cristãos, é senão nos abraçarmos mutuamente no ideal cristão.


COMPREENDER - Será que fazemos isto com nossos familiares, sabemos compreender uma ou outra dificuldade? Estamos, ao menos, nos preparando para sermos mais compreensivos?

 ACEITAR - Aceito as diferenças que encontro por aí, aceito minhas condições aflitivas vez ou outra, aceito que ainda preciso evoluir e aprimorar em uma reforma intima continua.
 
REALIZAR - Trabalho em contínuo minhas dificuldades? Procuro praticar aquilo que ouço, estudo ou vejo? Ajo no bem e no amor em constante?

 Não há outro caminho a seguir senão o amor maior que Jesus pregou, mas precisamos cada vez mais?

COMPREENDER as diferenças, ACEITAR as  que temos dificuldades, preciso aprender e crescer com elas e REALIZAR agindo, a ação de auto aprimoramento de toda ordem moral, espiritual, cultural....

 
Crescer é fazer e acontecer como Jesus assim o fez e por este motivo é lembrado e esta em nossos corações. Estamos aqui, para que possamos ser criaturas melhores e no Evangelho de Jesus encontramos o caminho para alcançarmos nosso aprimoramento.

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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Qual a utilidade do Espiritismo?



 

 
Muitos perguntam: Qual a utilidade do Espiritismo?
 
Se formos analisar, esta pergunta faz muito sentido.

Se Jesus já ensinou as Leis de Deus, por que o Espiritismo como a terceira revelação? Se analisarmos o Novo Testamento, com facilidade veremos que este é um repositório de sabedoria dos mais profundos.

Certa vez, Mahatma Ghandi, ainda na Inglaterra, foi persuadido a comprar a Bíblia. Ao ler o Sermão da Montanha ficou deleitado, as palavras foram ao fundo do seu coração. Então, declarou que amava Jesus, sendo acusado até de ser um cristão “secreto”. Ghandi era hindu e, neste século ainda, lutou pela independência da Índia contra a opressão britânica, com sucesso.

No Livro dos Espíritos, na questão de número 625, Kardec perguntou aos espíritos quem era o tipo mais perfeito para servir de guia e modelo ao homem. A resposta foi curta, Jesus. Se Ele é, então, o exemplo de homem de bem, qual a contribuição que os espíritos podem nos oferecer ? De que maneira o Espiritismo poderá contribuir para o progresso ?

Toda religião ocidental se baseia nas revelações de Moisés e Jesus. A figura do Cristo surgiu em uma época onde o Império Romano triunfava com violência sobre outros povos, dentre eles, o povo Judeu, onde nasceu Jesus. Este povo guardava em suas convicções religiosas, a ideia de um Deus único, revelado por Moisés, mas que era muito temido por castigar aqueles que não seguissem suas instruções. Desta forma, Deus, para os judeus, era imbuído das paixões e dos vícios humanos.

Jesus surge tomando a antiga lei, abandonando a ideia de um Deus tirânico, revelando ao homem o Deus de Amor e Justiça para todos, imparcial, independente de raça ou condição social, acima das paixões transitórias. Vem revelar a vida futura e o que aguarda o homem depois de sua morte. Vem mostrar que para conseguir a verdadeira paz, basta somente que amemos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos, o caminho da fraternidade.

O ponto capital da revelação do Cristo é a iminente transformação nas relações humanas. Estes, encarando a vida presente como secundária, deveriam “guardar tesouros no Céu”, abandonando o orgulho e o egoísmo. Infelizmente, é deste ponto que a Humanidade mais se afasta. Entretanto, Jesus já havia imaginado que isto ocorreria:


- “Muitas das coisas que vos digo ainda não as compreendeis e muitas outras teria a dizer, que não compreenderíeis; por isso é que vos falo por parábolas; mais tarde, porém enviar-vos-ei o Consolador, o Espírito de Verdade, que restabelecerá todas as coisas e vo-las explicará todas.” (Jo 14,16 - Mat 17)

Ao povo a quem falava, faltavam conhecimentos que só poderiam ser adquiridos com o tempo e sem os quais não entenderiam diversas coisas. Por isso usava as parábolas. A Democracia, a liberdade de expressão, a Física e a Química não existiam, assim, não pôde desenvolver seus ensinos de maneira completa, pois eles os achariam absurdos.

Jesus falou de um Consolador que restabeleceria todas as coisas pois já sabia que suas alegorias seriam mal interpretadas; explicaria e desenvolveria as que Ele não pôde dizer, pois sabia que com o tempo os homens progrediriam em Ciência e em Filosofia.

Depois de 18 séculos de conquistas, surge no mundo uma Ciência que revela o mundo dos Espíritos. O Espiritismo, partindo das próprias palavras do Cristo, como este partiu das de Moisés, é consequência direta da sua doutrina.

O Espiritismo amplia a ideia de uma vida futura mostrada por Jesus, com a revelação do mundo dos espíritos, dá a esta consistência, tornando-a realidade inconteste. A Doutrina dos Espíritos revela ao homem, os laços entre o mundo corpóreo e o espiritual, o objetivo real de sua existência na matéria e este pode vislumbrar a Justiça Divina por toda a parte.

A revelação da vida antes e depois da morte e a doutrina da reencarnação são, em si, tudo o que o Espiritismo vem somar aos ensinos de Jesus, a esperança numa vida futura é o próprio Consolador prometido.

O Espiritismo vem elucidar os pontos obscuros do ensino cristão no momento em que a razão atinge seu apogeu. Essa a contribuição do Espiritismo, a luta, através do esclarecimento, dando uma concepção maior do Ser e não do Ter, ou seja, por um  fim na ideia do materialismo, já que o meu reino não é deste mundo.

 
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