quarta-feira, 29 de junho de 2011

Família, será que ainda existe?


Falar de família, da família, não é o que pretendo, mas de como a família é importante na formação do caráter e valores que hoje não vemos mais. Como Educador, me sinto na obrigação em falar destes valores e pelo menos em sala de aula dar exemplos para que possam repensar e quem sabe, despertar o inicio do resgate dos valores da família.

Fomos criado por DEUS, em sua imagem e semelhança, (cf. Mt.19.4; Rm.5.12-19; 1Co.15.45-49; 1Tm.2.13).

Somos criaturas únicas e em constante evolução e com tendências naturais para sair do egocentrismo.

Desde os mais remotos tempos, o homem tem a necessidade de pertencer a um determinado grupo social. Assim, desta forma a vida em sociedade traz uma disputa pelo poder e bens materiais desde os primórdios da humanidade. Temos a tendência de constituir um universo próprio de desejos matérias e criamos a necessidade em estabelecer regras para definir limites que não possibilitem a invasão de direitos individuais.

De todos os grupos sociáveis ao homem, o mais importante é a família.

Entendam que, família não será tão somente a de ligação embrionária. Podemos dar um significado maior a esta família sendo apenas de laços afetivos dentro e de fora de nossos lares, como no trabalho, escola, clube, amigos. Estas relações familiares Irã nos dar o norte para a construção de nossos valores sejam éticos ou morais.

Que nossas famílias sejam nossas marcas e sejam sempre lembradas e valorizadas.Jesus Cristo, nos Evangelhos, já nos aponta isso: leiamos Lc 5,10 (onde Tiago e João são referendados em Zebedeu, enquanto seus filhos), Mt 1, 1-24 (onde é dada toda a genealogia de Jesus, marcando que Ele é fruto de uma família, Maria e José) e Mt 16,17 (Feliz és tu, Simão Pedro, filho de Jonas... O próprio Jesus aqui distingue Pedro enquanto filho de um pai específico, de uma família determinada, o que o distingue de qualquer outro Pedro). Somos frutos de nossas famílias, de nossas lembranças de nosso passado. José Saramago (1995), grande escritor português, ilustra isso para nós ao dizer: “Família é como varíola: a gente tem na infância e marca a gente pra vida toda”.

A família é a referência para tudo, mas quando surge desajustes corremos o risco em não agregarmos os devidos valores e formamos adultos sem referências de cidadania e respeito ao próximo, podendo gerar conflitos e levando a uma violência que torna-os excludente dentro de uma sociedade consumista mudando nossa vida, nossos valores, nossas famílias, nossos comportamentos.

Se formos pensar como educadores, tanto os pais como escolas e governo, será em uma solução a longo prazo. Criando uma revolução na forma de educar nossas crianças e adolescentes. Mas, não podemos tornar os adultos excludentes.

Muito mais valioso e importante do que passar uma enorme quantidade de informações é o fato de fazer uma transformação nos valores de relações intrapessoal e interpessoal, assim, sentirão incentivados a dar o melhor de si.

Em um esforço quase que sobre natural, Pais, Responsáveis e Educadores, tornar esta atitude como missão para formação dos valores dos pequenos e o resgate destes valores nos adultos .

Segundo (MESQUITA 2003) um pesquisador indiano de nome Sathia Sai Baba há décadas vem tocando a melodia do resgate dos valores humanos básicos, a saber: A VERDADE, A RETIDÃO, A PAZ, O AMOR, A NÃO-VIOLÊNCIA. Sathia Sai Baba propõe que estimulemos esses valores em nossas crianças, afirmando que é no dia a dia comprovamos isso, que é medida que a criança for utilizando a sua capacidade amorosa que existe dentro dela, germinarão os valores humanos em seu coração refletindo no comportamento famílias, social e profissional. Isto, independente de toda e qualquer sofrimento, dificuldades e decepções que, como todo humano, encontrará sobre sua trajetória no decorrer de sua vida. Será uma ser humano feliz, porque felicidade não é estar radiante de alegria e de bom humor diariamente, mas estando em harmonia com sua natureza humana. As leis da natureza humana só serão cumpridas quando conseguirmos ser leais à verdade, o que nos levará à retidão, à qual nos proporcionará a paz. Estando em paz, torna-se possível para nós viver e entender o verdadeiro amor incondicional. Com esses valores aflorados, somos capazes de praticar a não-violência, que é a abstenção de ferir o outro pelo pensamento, palavra ou ação. Quanto antes começarmos melhor e mais fácil, somos seres humanos em busca da aproximação da perfeição.

Educar deriva do latim educare que significa revelar o que está dentro, ajudar no surgimento das habilidades e potencialidades, dos dons de cada pessoa. Cada ser humano, junto com o conhecimento das ciências, deve também adquirir humildade, disciplina e bom caráter, ou seja, deve saber e ser. Deve ter consciência de si, do outro, do nós e de que tudo que existe está inter-relacionado (TIBA, I. 2002).

Apenas passaremos a educar crianças, jovens e adultos se nós nos educarmos, nos deixarmos educar nos valores humanos da:

  • VERDADE, ENQUANTO AQUILO QUE DEVE SER DITO;
  • RETIDÃO, ENQUANTO AQUILO QUE DEVE SER PRATICADO;
  • PAZ, ENQUANTO AQUILO QUE DEVE PREENCHER NOSSA MENTE;
  • AMOR, ENQUANTO AQUILO QUE DEVE SE EXPANDIR DENTRO DE NÓS;
  • NÃO-VIOLÊNCIA, ENQUANTO AQUILO QUE DEVEMOS SER PLENAMENTE...

...E isso está totalmente em consonância com um anseio humano e cristão profundo: a PAZ. Se tivermos essa prática de educação calcada nestes valores fundamentais gravada em nós e a exercitarmos, estaremos sendo felizes e promovendo a felicidade dos que nos cercam, já que estaremos sendo fiéis ao que Jesus nos aponta no Sermão da Montanha: Bem aventurados (felizes) aqueles que promovem a paz (Mt 5,9). Sim, somos todos e todas, filhos e filhas de Deus, irmãos e irmãs!!!

Todos os direitos reservados ao autor Luiz Felipe Nicolato ®

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Cético, quem, eu?

Ceticismo, o que define o que é e os que podem ser e os que são céticos? Existem pessoas céticas?

Ser cético, é olhar à distância, querer examinar... Pensar que não existe nada de absoluto sobre as verdades. Mesmo por que, na vida só existe uma verdade absoluta, todos nós iremos partir para uma outra dimensão, cedo ou tarde, mas, todos nós iremos partir.

Não irei dissertar sobre o métodos filosóficos ou científicos... Apenas questiono, penso, e uma amiga cética, me fez pensar em minhas verdades""

Apenas por que pessoas céticas, apesar de serem extremamente racionais, muitas vezes se permite levar pela emoção. O fato de não crer em tudo que é dito ou afirmado, é proprio do ser humano que busca o conhecimento e as quebras de paradigmas existentes. Algumas vezes, pessoas que sofreram opressão em algum momento tornam-se medrosos e não céticos.

Se buscarmos uma definição em um dicionário, iremos encontrar que o cético é “um indivídio descrente ou que duvida de tudo”.

O que consiste duvidar de tudo?

A propria falta da crença não seria o inverso da mesma, pensando que a crença de que algo não é possivel? Ter crença e poder Crêr, e os descrentes ou os céticos também crêem! A diferença é que partem da oposição de idéias no pressuposto de que fica facilmente de esconder um paradoxo. O medo em viver plenamente, talvez uma verdadeira armadilha para o ego ou simplesmente auto defesa.

Muito comum conhecermos pessoas que afimam serem céticas em relação a um determinado assunto. Mas o que realmente representa ser cético?

Alguém se que apresenta como cético, provavelmente, ainda não identificou o paradigma em que ele vive. Talvez, por isto seja necessário uma reflexão:

É o que duvida de tudo? Agora, se é possível duvidar de tudo sem que exista algum paradigma para entender ou se prender. Quem de tudo duvida, em verdade, duvida de tudo e de todos. Na verdade, foge dos modelos em que se vive.

Como posso ser imparcial se não conheço o paradigma em que estou imerso?

Se sou cético e toda a verdade é relativa, apenas dependendo da minha realidade, e a minha realidade depende de coisas como cultura, leis, regras, costumes, visões crenças e o mundo muda a cada período históricos. Como não ser cético se é praticamente impossível estabelecer o que é real e irreal ou certo ou errado, o bem e o mal?
Se você Crê, não significa ser cético, mas que tem fé, e ter fé, e acreditar no que é irreal, o que é certo mesmo fazendo o que é errado.
A vida é dinâmica e com isto nós criaturas únicas nos tornamos dinâmicos, estando em mudança constante.

Apenas Creio, e por indagar questionar, não faz de mim um cético, apenas alguem buscando o conhecimento. Muitas vezes, para adquirir mais conhecimento se faz necessário esvaziar todos os potes do conhecimento adiquirido.

Pense nisto e seja cético ou não, apenas crê!

Uma contradição??

Somos humanos, mortais.. e contraditórios por natureza.



Todos os direitos reservados ao autor Luiz Felipe Nicolato ®

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Somos uma caixa de Pandora?


Podemos traçar um paralelo entre a Caixa de Pandora e o Homem. Um recipiente contendo todos os males da humanidade que consiste em guardar também toda a sua esperança.

Esta expressão vem da mitologia Grega, que conta sobre uma caixa que foi enviada com Pandora a Epimeteu, nessa história estabeleceu-se um parâmetro: na referida caixa só poderia guardar momentos ou bens intangíveis, pois nela, segundo a filosofia grega você podia guardar bens de todos os tipos, menos os bens materiais, portanto guardaria só aqueles bens que são pertinentes ao comportamento das motivações humanas.

O que você guardaria numa caixa assim?

Na medida da razão na presença da Esperança com os males, devemos pensar o que leva o homem a ter motivação e ficamos presos a fatores mensuráveis que leva à sua transformação. Desta forma podemos perceber a existência mesclada de uma ligação onde a busca pela comprovação da ligação psicológica e material existente em nosso comportamento. Assim sendo, muitas vezes intangíveis, os fatores humanos fugindo à lógica previsível onde o comportamento de energias físicas podem ser medidas, analisadas e testadas, mas, que nas energias comportamentais perceberemos que existem regras diferentes sem dar-nos condições para que sejam mensuráveis.

Quais seriam suas relíquias intangíveis que deveriam ser deixadas à mão, como ferramenta a serem utilizados em alguns momentos especiais de sua vida, bens estes para ser utilizados como backup motivacional?

Sendo assim, podemos entender e ver a Motivação como uma Caixa de Pandora, onde podemos guardar todos os fatores que ora nos motivam, ora nos fazem perceber que o caminho a frente precisa de apoio emocional, de backup de ações bem sucedidas, de feedback de nossas atitudes anteriores.

Com uma abordagem dinâmica, podemos utilizar ferramentas para o despertar do raciocínio individual, criar dinâmicas para entendimento do relacionamento humano como parte de teorias cientificas da motivação consolidadas com o intangível do raciocínio humano.

Podemos entender que essa conjunção motivacional do tangível com o intangível venha a ser explicação do por que existem tantos agentes motivacionais diferenciados e que nem sempre são estes agentes que a sociedade natural aceita.

Até hoje temo em Jesus Cristo o maior motivador existente, pois continua há 2011 anos motivando seus seguidores. Surgiram com o tempo outros motivadores como Mahatma Gandy, Charlie Chaplin, Madre Tereza Calcutá, Airton Senna, João Paulo II, Albert Einstein e tantos outros que, com todo conhecimento e sabedoria não conseguiram motivar 100% da sociedade.

A Motivação nunca será unânime mesmo porque, tudo o que é unânime se torna burro, e a motivação em todo o processo de aplicação será cada vez mais uma grande ciência para estudo de agentes motivadores. Entretanto agentes motivadores seccionados, estabelecidos em função de vários parâmetros e necessidades, definido por parcelas profissionais e do próprio ser humano comum.

Apenas iremos ter sucesso se observarmos que a beleza em motivar em conseguir entender e despertar o conteúdo de cada Caixa de Pandora de cada pessoa com a qual estiverem se relacionando.

Responde-me, o que você guarda na sua Caixa de Pandora? Quais são seus segredos que uma vez revelados poderão abrir e permitir que você seja e esteja motivado diariamente?

A questão aqui é descobrir o caminho que o levará em frente, afinal o segredo não está em descobrir o que motiva os outros e sim descobrir o que motiva você!! Enfim, continuar vivendo em um mundo de nuances especiais e nem sempre motivadoras.

O grande barato da vida é: viver e o melhor show é quando você descobre que o principal artista de sua vida é você, e a responsabilidade em dar continuidade a apresentação desse show é sua.

Pense nisto e ótimo espetáculo!!

SUCESSO.


Todos os direitos reservados ao autor Luiz Felipe Nicolato ®