Primeiro vamos definir o que é
virtude!
Sendo assim, pergunto, O que é Virtude?
Qualidade do que se conforma com
o considerado correto e desejável. (Por
exemplo, do ponto de vista da moral, da religião, do comportamento social
etc.).
Conformidade com o
Bem, com a excelência moral ou de conduta etc.; dignidade.
No livro dos Espíritos
Codificado por Allan Kardec, na questão 893
KARDEC ele indaga aos espíritos superiores
Qual a mais meritória
de todas as virtudes?
Resposta: Todas as
virtudes têm seu mérito, porque todas são sinais de progresso no caminho do
bem. Há virtude sempre que há resistência voluntária ao arrastamento dos maus
pendores. Mas a sublimidade da virtude consiste no sacrifício do interesse
pessoal, pelo bem do próximo, sem segundas intenções. A mais meritória é a que
se baseia na mais desinteressada caridade.
No mesmo livro, na questão
de número 886 Kardec indaga:
Qual o verdadeiro
sentido da palavra caridade, tal como Jesus a entendia?
Resposta: “Benevolência
para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas”.
No dicionário temos
definição para Benevolência, indulgência e perdão.
Benevolência:
Bondade de ânimo para com algo ou alguém. Generosidade , Complacência,
Transigência.
Indulgência:
Disposição para perdoar culpas ou erros;
clemência, misericórdia.
Absolvição de pena,
ofensa ou dívida; desculpa, perdão.
Perdão: Remissão
de pena ou de ofensa ou de dívida; desculpa, indulto.
Ato pelo qual uma
pessoa é desobrigada de cumprir o que era de seu dever ou obrigação por quem
competia exigi-lo.
No livro do Novo Testamento,
1 Pedro, 2:9 “Mas vós sois uma raça eleita, um sacerdócio real, uma nação
santa, o povo de sua particular propriedade, a fim de que proclameis as
excelências daquele que vos chamou das trevas para sua luz maravilhosa.”
Nada mais é do que
termos a Fé inabalável na bondade e misericórdia de Deus que devemos vivenciar
e ter a certeza que as dificuldades atuais são temporárias e que fazem parte
da Lei Divina do progresso que iremos chegar a um mundo de paz e felicidade.
Para tanto, devemos
criar um programa de desenvolvimento de virtudes; é um propósito básico para
o combate ao egoísmo.
O egoísmo, esta chaga
da Humanidade, tem de desaparecer da Terra, porque impede seu progresso moral.
[...] O egoísmo é, pois, o alvo para o qual todos os verdadeiros crentes devem
apontar suas armas, sua força, sua coragem. Digo: coragem, porque é preciso
mais coragem para vencer a si mesmo, do que para vencer os outros. Que cada um,
portanto, empregue todos os esforços a combatê-lo em si, certo de que este
monstro devorador de todas as inteligências, esse filho do orgulho é a fonte de
todas as misérias terrenas. É a negação da caridade e, por conseguinte, o maior
obstáculo à felicidade dos homens. [...]. KARDEC, Allan. O evangelho segundo o
espiritismo. Cap.11, item 11.
Devemos
entender que os obstáculos que dificultam o
desenvolvimento de virtudes esta
descrito na questão de número 895 do Livro dos Espíritos.
Pergunta: Postos
de lado os defeitos e os vícios acerca dos quais ninguém se pode equivocar,
qual o sinal mais característico da imperfeição?
Resposta: Muitas vezes as qualidades morais se assemelham, como num
objeto de cobre, à douração que não resiste à pedra de toque.
Um
homem pode possuir qualidades reais que levem o mundo a considerá-lo homem de bem.
Mas, essas qualidades, embora assinalem um progresso, nem sempre suportam certas
provas, bastando algumas vezes que se fira a corda do interesse pessoal para que
o fundo fique a descoberto. O verdadeiro desinteresse é coisa tão rara na Terra
que é admirado como fenômeno quando se manifesta. [...]. Nas coisas de apego
materiais [...] O apego às coisas materiais constitui sinal notório de inferioridade,
porque, quanto mais o homem se prende aos bens deste mundo, tanto menos compreende
o seu destino.
Pelo
desinteresse, ao contrário, ele prova que vê o futuro de um ponto de vista mais
elevado.
Dentro do contexto da
Doutrina Espírita, podemos definir [...]
A virtude assume as modalidades necessárias para se opor a todos os males, sem prejuízo
de sua integridade. Há um matiz para resolver cada caso, para se opor a cada vício,
para vencer cada paixão, para enfrentar cada incidente; mas sempre, no fundo, é
a mesma virtude. Ela é como a luz que iluminando, resolve de vez todos os obstáculos
e tropeços, franqueando-nos o caminho. O hábito da virtude é fruto de uma porfiada
conquista. Possuí-la é suave e doce. Praticá-la é fonte perene de infindos prazeres.
A dificuldade não está no exercício da virtude, mas na oposição que lhe faz o vício,
que com ela contrasta. [...]
[...]
O vício não cede o lugar sem luta. A virtude nos diz: eis-me aqui, recebei-me, dai-me
guarida em vosso coração; mas lembrai-vos de que, entre o mim e o vício, existe
absoluta incompatibilidade. Não podeis servir a dois senhores. A verdadeira religião
é a virtude. Fora da virtude não há salvação. [...] É pela virtude que as almas
se irmanam entretecendo entre si liames indissolúveis. Os homens de virtude entendem-se
num momento; ao passo que os séculos não são suficientes para firmar acordo entre
aqueles que vivem divorciados. [...] VINÍCIUS. Nas pegadas do mestre.
Cap. A virtude.
Pelo Espírito
Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Correio Fraterno. Lição nº 56. Página 129. Temos:
Que a Virtude, quanto
acontece à pedra preciosa lapidada, não surgirá no mostruário de nossas
realizações sem burilamento e sem sacrifício.
Se desejamos construí-la, em nossos corações, é imprescindível não nos
acovardemos diante das oportunidades que o mundo nos oferece.
Sem resistência
deliberada ao desespero, não entesouraremos a paciência.
Sem controle do
temperamento impulsivo, não alcançaremos a serenidade.
Sem vitória sobre os
reptis da dúvida ou da suspeita, em nosso campo íntimo, não edificaremos a fé.
Sem renúncia não
experimentaremos o amor puro.
Sem gentileza não
asilaremos a bondade.
Sem o silêncio bem
vivido, não atingiremos a harmonia mental.
Sem espírito de
serviço, em favor dos semelhantes, não criaremos os valores da simpatia.
Sem firmeza em nossas
atitudes, não chegaremos ao conhecimento da verdade.
Sem atenção para com a
nossa própria consciência, não acenderemos a luz do respeito em torno de nós.
Sem tolerância à
frente da calúnia, não alcançaremos a fortaleza.
Sem boa vontade, inutilmente apelaremos para o entendimento e para a união.
Recordemos que o
Trabalho e a Luta são os escultores de Deus, criando em nós as obras primas da
vida.
Quem pretende, porém,
a fuga e o repouso indébitos, certamente desistirá, por tempo indefinido, do
esforço de aprimoramento, transformando-se em sombra entre as sombras da
estagnação e da morte.