Para alguns, Jesus nasceu em 25 de dezembro
do ano I da era Cristã.
A pergunta é, para você, quando esta Luz se
fez presente em vossa vida? Sei que cronologicamente e historicamente existem
muitas lagunas a serem preenchidas...
No
livro Crônicas de Além Túmulo, Psicografia de Francisco Cândido Xavier pelo
Espírito de Humberto de Campos:” João – disse-lhe o Mestre – lembras-te do meu
aparecimento na Terra?
-
Recordo-me, Senhor. Foi no ano 749 da era romana, apesar da arbitrariedade de
frei Dionísios, que colocou erradamente o vosso natalício em 754, calculando no
século VI da era cristã.
- Não,
meu João – retornou docemente o Senhor – não é a questão cronológica que me
interessa em te arguindo sobre o passado. É que nessas suaves comemorações vem
até mim o murmúrio doce das lembranças!...
- Ah!
sim, Mestre Amado – retrucou pressuroso o Discípulo – compreendo-vos. Falais da
significação moral do acontecimento. Oh!...se me lembro... a manjedoura, a
estrela guiando os poderosos ao estábulo humilde, os cânticos harmoniosos dos
pastores, a alegria ressoante dos inocentes, afigurando-se-nos que os animais
vos compreendiam mais que os homens, aos quais ofertáveis a lição da humildade
com o tesouro da fé e da esperança. Naquela noite divina, todas as potências
angélicas do paraíso se inclinaram sobre a Terra cheia de gemidos e de amargura
para exaltar a mansidão e a piedade do Cordeiro. Uma promessa de paz
desabrochava para todas as coisas com o vosso aparecimento sobre o mundo.
Estabelecera-se um noivado meigo entre a Terra e o Céu e recordo-me do júbilo
com que Vossa Mãe vos recebeu nos seus braços feitos de amor e de misericórdia.
Dir-se-ia, Mestre, que as estrelas de ouro do paraíso fabricaram naquela noite
de aromas e de radiosidades indefiníveis um mel divino no coração piedoso de
Maria!...”
Não importa se Jesus nasceu em 754 ou 749 da
era Romana.
Mas, em verdade, que importa o
tempo, se existe inúmeras almas onde o Jesus ainda não reina?
Muitos corações ainda são
semelhantes às estalagens de Belém,
cujas portas estavam fechadas, sob alegação de estarem lotadas.
Hoje em dia, quando o Cristo bate
às portas de nossos corações, encontra muitos deles lotados pelos interesses
pessoais, pelo egoísmo, pelo orgulho, e pelo desejo de conquistas materiais,
não sobrando espaço para ele.
Se perguntássemos a Paulo,
apóstolo, onde e quando Jesus nasceu talvez ele nos dissesse que foi na estrada
de Damasco, quando se viu envolvido na sua divina luz. Após muitas lutas
íntimas, Paulo disse: “já não sou eu quem vive, é o Cristo que vive em mim”.
Se fizéssemos a mesma pergunta à
Madalena, é possível que ela nos informasse que o Cristo nasceu em Betânia,
certa vez em que sua voz cheia de pureza e doçura, despertou-lhe a sensação de
uma nova vida, com a qual até então jamais sonhara.
Pedro talvez dissesse que Cristo
nasceu no átrio do paço de Pilatos, no momento em que o galo cantou pela
terceira vez, acordando a sua consciência para a verdadeira vida.
Dos lábios de João o Evangelista,
pode ser que ouviríamos a afirmativa de que Jesus nasceu no dia em que lhe
iluminou o entendimento fazendo-o saber que Deus é amor.
Para Zaqueu, o Publicano, talvez
Jesus tenha nascido numa esplêndida manhã de sol, quando ele, ansioso por
conhecê-lo, subiu numa árvore, à beira do caminho por onde o Cristo passava e o
mestre lhe disse que gostaria de fazer-lhe uma visita.
Dimas, o chamado bom ladrão, nos
diria que Jesus nasceu no topo do calvário, precisamente quando a cegueira e a
maldade humanas supunham aniquilá-lo para sempre. Naquele momento, o Cristo lhe
dirigiu um olhar repassado de piedade e ternura, e o fez esquecer todas as
misérias deste mundo, nascendo para sempre em sua intimidade.
.
Já
para o senador romano
Públio Lentulus Sura após
o desencarne de sua amada esposa.
Se perguntarmos com sinceridade,
se o Cristo nasceu em nós, talvez percebêssemos que não temos permitido esse nascimento.
Aquele que ainda não sentiu em
seu íntimo a influência do Cristo, ignora, em verdade, que ele nasceu.
No dia em que fizermos algumas perguntas a nós mesmos e as respondamos
intimamente.
Cristo nasceu? Quando? Onde?
Que influência temos permitido ELE exercer em nós desde nascimento
É Chegado o momento em
praticarmos a reforma intima. Talvez, se pensarmos que ainda não estamos
preparados ou que ainda amanhã eu começo, pode ser que um dia perceba e diz: “
Quanto tempo eu perdi!”
Todos os direitos reservados ao autor Luiz Felipe Nicolato ®
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