terça-feira, 11 de outubro de 2011

Entre o Ser e o Ter


Vivemos em um mundo Globalizado, concorrência, competitividade e quando percebemos, somos valorizados pelos bens materiais. Quase em sua totalidade, as pessoas valorizam ou não o próximo, a partir do que o outro possui e aparenta, e não pela essência de seu ser.

Em um mundo dominado por materialistas e ainda por não termos alcançado desenvolvimento espiritual pleno, grande parte das pessoas dedicam sua vida a acumular riquezas materiais.

Com as inversões de valores hoje nossas reservas morais não estão sendo suficiente e nos tornamos verdadeiros escravos da posse material e, muitas vezes, escravizamos outros para atingir nossos objetivos.

Desde pequenos, somos acostumados a ter o que desejamos, passamos a valorizar mais nossos amigos pela sua aparência do que pela sua essência.

O desenvolvimento material dentro da sociedade se faz necessário, já que gera uma melhor qualidade de vida, incentivando o desenvolvimento. Dentro destas conquistas, com objetivo maior, permitem à Humanidade a superar obstáculos como o de sobrevivência básica e permitindo o desenvolvimento espiritual e moral. Entretanto, DEUS, em sua Bondade, Misericórdia e Amor por nós, deu-nos o livre arbítrio.

Devemos buscar o Ter, mas, sem nunca permiti-lo ser maior que o Ser. O Ser é o que irá aprimorar nossos valores morais e fazer com que nos elevemos como Espírito.

Assim, talvez um dia, iremos perceber que precisaremos buscar um equilíbrio entre o Ter e o Ser e quem sabe experimentaremos um desenvolvimento espiritual e conseguiremos perceber que fortunas acumuladas no mundo material é apenas uma forma em dificultar nosso desenvolvimento espiritual. No entanto, chegar a esta lucidez se faz necessário já que cada um de nós busquemos uma evolução espiritual a fim de que percebamos que de nada servirá uma fortuna acumulada na esfera terrestre.

Quem busca acumular bens materiais em quantidade superior àquela necessária à sua dignidade bem como de sua família, tem uma obrigação moral: dividir seus bens de uma maneira inteligente e sensata. Entretanto, a mais nobre doação àqueles que necessitam é necessária e nobre, mas, a verdadeira divisão é baseada no ensinar a pescar e não em dar o peixe, se possível com geração de emprego e desenvolvimento.

Talvez, quando finalmente percebermos que a grande diferença entre o “Ser” e “Ter” iremos construir uma sociedade centrada na humanização e em um padrão humano onde nossos interesses estarão ligados ao todo e não somente em cada um de nós.

Desta forma talvez, um dia, possamos aprender que, por pior que possa parecer uma situação, existirá sempre uma saída.

Talvez um dia, deixaremos de reclamar da chuva, no entanto se faz necessário para que possamos valorizar o sol, entretanto, se exposto por muito tempo, poderemos sair queimado.

Temos o livre arbítrio, fazemos escolhas, e felizes será os que assumirem com clareza os seus atos.

Talvez um dia, iremos entender que não importa em quantos pedaços o coração foi partido. O mundo nunca irá parar para que possamos descer ou para que possamos consertá-lo. Talvez assim compreenderemos que em vez de esperar por flores, possamos criar um jardim e cultivá-lo com amor.

Talvez um dia compreenderemos que amar não significa transferir aos outros a responsabilidade fazer com que sejamos felizes. Cabe a cada um de nós buscarmos o Despertar de nossos talentos.

Talvez um dia, perceberemos que a diferença não é o que temos na vida, mas, quem temos em nossas vidas.

Certamente um dia iremos perceber que as pessoas que mais amamos, poderão nos ferir, e, talvez, não nos amem tanto quanto gostaríamos. Isto não significa que não nos amem muito, talvez seja apenas o que conseguem demonstrar.

Aprenda a amar incondicionalmente e talvez um dia conseguiremos aprender que o tempo é muito precioso e não volta atrás. Por isso, não tente resgatar o passado.

O que vale a pena é construir o futuro e o nosso futuro começa aqui e agora.

Certamente iremos aprender que, toda mudança é um inicio e um novo ciclo se inicia, entretanto, não poderemos dar um novo inicio em nossas vidas, mas, certamente poderemos dar um novo fim para tanto é necessário que comecemos à descruzar os braços e vencer o medo abrindo as novas portas que irão surgir.


Todos os direitos reservados ao autor Luiz Felipe Nicolato ®

3 comentários:

  1. O melhor que temos na vida e da vida é o proximo,pena é que muitos partem dessa experiência(intitulada VIDA) e nem percebem o seu PROXIMO!

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  2. È tão difícil encontrar pessoas que pensem como nós e quando encontramos nos emocionamos.O referido texto me remete ao Apóstolo Paulo quando em umas de suas cartas,"...diz que ele tanto sabia ter como não ter...", o mais importante é sermos imitadores de Cristo,praticarmos o amor em qualquer hora ou circunstância para qualquer pessoa,porque deste mundo só levaremos os frutos de nossas atitudes,o resto perecerá aqui mesmo.

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  3. Quando entendemos que o autoconhecimento contribui para nos libertar das amarras do ego, do orgulho e "do ter" em detrimento "do ser" nunca estaremos sós e jamais abriremos guarda para a depressão ou qualquer outro problema relacionado ao vazio existencial do homem moderno. Entendendo mais sobre si, sobre nossa missão por aqui, nossos guardiões poderão sintonizar com maior afinidade, a presença de Deus passará a ser melhor compreendida, a fé se consolidará, pessoas na mesma frequência surgirão para agregar ao passo que os irmãos em diferentes momentos evolutivos se distanciarão. As limitações do corpo carnal são tão passageiras quanto nossa estadia terrestre... Que as necessidades espirituais genuínas possam prevalecer hoje e sempre.

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