quinta-feira, 29 de abril de 2010

Entre um Se, um Quase e um Talvez

Não sei a vida é longa ou curta de mais. Sei que dois dias nos assombram, o ontem e o amanhã e por mais que possamos lutar jamais iremos vive-los, desta forma so nos resta o Hoje. Creio que a vida deva ser vivida intensamente um dia de cada vez e ainda vivermos no sentido de pecar pelo excesso do que pela omissão.
Ainda que seja pior que a convicção de um não, bem sonoro e estridente, é sempre melhor viver assim do que viver pela incerteza e pela desilusão de um quase, um se e até mesmo o talvez.
Se tivesse feito isto ou aquilo a minha vida seria melhor. Esta incerteza e que faz do quase um incomodo, trazendo uma tristeza afogando tudo o que poderia ter sido e não foi. Basta pensar nas oportunidades que escapam pelos vão dos dedos, nas chances que poderá perder por medo ou omissão. Nas idéias que nunca saíram do papel por essa maldita crença e mania de viver no inverno querendo que fosse uma doce verão.
Pergunto: O que nos leva a escolher uma vida moderada e morna se posso ter uma vida havida e quente? A resposta sabemos de cor, está estampada na distância e na frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "bom dia", quase que sussurrados assombrando à covardia e falta coragem até para ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai a incerteza nos leva ao desanimo e as frustrações.
Talvez esses sejam ótimos motivos para viver entre a alegria e a dor, o amor e o ódio entre o aqui e o agora e o talvez e o quase e quem sabe um Se fosse a resposta para todas as questões.
A virtude não esta no meio-termo no equilíbrio. Se assim o fosse, o mar seria sem ondas, nossos dias nublados e o arco-íris somente em tons de cinzas.
O Se, o Talvez o Quase que nos leva ao nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si. Sentir-se derrotado previamente à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade do merecer e viver no amanhã e se temos o hoje pela frente. Viva havidamente o hoje, o aqui e o agora.
Para os erros sempre haverá perdão, para os fracassos uma nova chance, para os amores impossíveis, tempo e perseverança, quem sabe aqui, encontraremos o momento em deixar nosso jardim mais florido e assim seremos visitados com mais frequência por borboletas e ou pássaros. Deixemos de sermos áridos e vamos com regas diárias florir nosso jardim.
De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar a alma já que o amor cujo fim é instantâneo ou indolor não é amor nem mesmo uma paixão é apenas uma solidão.
Não permita que a saudade sufoque que a rotina acomode que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Deus em sua bondade e Misericórdia nos deu o livre arbítrio para que tivéssemos opções Faça suas escolas certas ou erradas, ninguém erra por errar. Faça do fracasso a mola propulsora para o sucesso..
Seja racional tentando encontrar um equilíbrio entre a razão e o coração e quando realmente tiver que encontrar uma resposta, ouça mais o coração já que ele possui razões que a própria razão desconhece.
Cabe a nós abrir as escolhas, se a porta estiver fechada, sem medo abra cada porta que surgir fechada em nossas vidas busque alternativas, veja se não existem uma janela aberta..
Gaste mais horas realizando que sonhando... Fazendo que planejando... Vivendo que esperando...
Veja desta forma: embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu. Simplesmente Viva.





Todos os direitos reservados ao autor Luiz Felipe Nicolato ®

Um comentário:

  1. Ângela Campanha4/29/2010 7:15 PM

    Luiz Felipe,

    você aborda o assunto com lucidez envolvente ... o realismo e a aplicação imediata do tema no cotidiano ... é enriquecedor!

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